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sábado, 3 de setembro de 2011

Subcomissão de Acompanhamento da Rio+20 promove audiência pública, a partir das 18h, com o tema "Decrescimento: por que e como construir"

05 de setembro de 2011
Vida melhor com menos consumo em debate hoje
Subcomissão de Acompanhamento da Rio+20 promove audiência pública, a partir das 18h, com o tema "Decrescimento: por que e como construir"
São Paulo vista do alto: repensar níveis de consumo é a base do decrescimento, que ganha mais atenção desde a crise de 2008
Se todos os habitantes do mundo tivessem o mesmo nível de consumo que os norte?-?americanos, seriam necessários seis planetas Terra para suprir o mercado. A informação é do professor João Luiz Homem de Carvalho, do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares da Universidade de Brasília (Ceam-UnB), que participa hoje, às 18h, de audiência pública da Subcomissão Permanente de Acompanhamento da Rio+20.

Na pauta, o tema "Decrescimento: por que e como construir" — assunto que ganha cada vez mais atenção no mundo, especialmente na Europa, desde a crise econômica de 2008. "Depois de pelo menos dois séculos do paradigma do crescimento econômico como propósito, começa a surgir a proposta de promover o decrescimento do PIB, como uma forma de ampliar, ao mesmo tempo, o bem estar e a garantia do equilíbrio ecológico", afirma o senador Cristovam Buarque, presidente da subcomissão.

João Luiz Carvalho lembra que 20% da Humanidade consome 86% dos recursos naturais e identifica quatro questões que precisam ser enfrentadas logo.

A primeira é a diminuição no número de automóveis, que hoje chega a 1,3 bilhão no mundo. A segunda são os sistemas de climatização, que, além do excessivo gasto de energia, contribuem com a emissão de grande volume de gases poluentes.

A política de distribuição de alimentos também precisaria ser revista, estimulando produções locais para diminuir gastos e prejuízos ambientais com transporte. Finalmente, a obsolescência dos produtos teria de aumentar. Carvalho afirma que 80% dos artigos vão para o lixo em no máximo seis meses.

Também participarão da audiência Philippe Léna, do Instituto de Pesquisas para o Desenvolvimento, da França; e Carlos Alberto Pereira Silva, da Universidade do Sudoeste da Bahia.

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